10 maio 2011

Simples assim...

Em meio a esse turbilhão de sentimento que somente o tempo proporciona, me dei conta de que já não sinto como antes. Os pequenos sonhos ficaram de lado. O romantismo platônico agora me parece coisa de outra vida. A inocência ficou perdida em alguma mala que eu nem levo mais comigo e a fé nas pessoas é algo que vez ou outra me preocupa. Agora sinto como quem vive pela praticidade. Sem grandes ponderações. Sem muitas prerrogativas. Penso no hoje, no agora. Vivo de fatos concretos, sem ilusões. Ainda sou capaz de ouvir e entender o coração do outro, mas prefiro entender tudo apenas com os olhos. E se dizem que os olhos é a janela da alma, então me sinto mais confortável em não dar chance de conversa às almas de energia pesada. Já passei da fase de me adaptar a pessoas que me lançam olhares maldosos, só para agradar alguém. Também não levo mais desaforos para casa. Não imploro e nem faço graça para que gostem de mim. Não faço teatro para que a minha lista de amigos seja maior do que a Muralha da China. Os meus amigos gostam de mim porque eu também gosto deles, e ponto! E se alguém ainda insiste em falar mal ou se tem dúvidas de quem eu sou, meu amigo não é. E desses, eu não sinto falta alguma. Só a distância é capaz de separar o joio do trigo e aproximar os bons corações.