28 maio 2011



Tento adivinhar por entre as pedras... o caminho, tento contornar as dificuldades que o destino me coloca, por fora a não esbarrar, não magoar. Evito... as pontas afiadas das rochas; evito... perder-me na caminhada. Por entre a bruma, descubro-me... vejo a imagem refletida nas superfícies brilhantes; imagino o que está para lá da esquina, tentando predizer o que está por vir. Debruço-me sobre os livros, sobre as fórmulas, cálculos e profecias, tentando entender os rastros que ficam quando passo, a cada passo. Caminho, pesadamente, sobre cada trecho, sentindo o corpo cansado e a alma carrega-me. Tateio no escuro, a luz de um dia qualquer, procuro na noite, a lua que teima em adormecer. Longo é cada segundo que arrasta o tempo atrás de mim, como uma corrente que me prende, sangrando-me o corpo, dilacerando-me o espírito como um cilício. Entrego a esperança carregada entre mãos, àquEle que é o unico que conhece meu amanhã, deixando o futuro chegar sozinho, deixando a alma esperar, na beira do caminho, que... a venham buscar.

Nenhum comentário: